Estaleiros, complexos portuários e empresas de navegação já miram nas boas oportunidades que o rápido desenvolvimento da indústria eólica offshore no Brasil trará, contribuindo para a diversificação da matriz energética e para o desenvolvimento econômico em regiões costeiras. O potencial na nossa Amazônia Azul vai de 700 GW a 1,2 terawatt (TW), distribuídos entre o litoral Nordeste (São Luís-MA a Natal-RN); o litoral Sudeste (sul de Vitória-ES); e litoral Sul (de Florianópolis-SC até a fronteira com o Uruguai). Na avaliação do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), apoiadora da Navall Show Brasil, o governo brasileiro tem mostrado interesse em incentivar a indústria eólica offshore, mas sugere a criação de instrumento para que a construção da infraestrutura necessária para os parques eólicos seja feita com forte participação da indústria brasileira, o que pode ser alavancado a partir de políticas de conteúdo local. A entidade também estima que a instalação de unidades eólicas em alto-mar fomentem, gradativamente, encomendas de embarcações de apoio marítimo, podendo contribuir com a retomada da construção naval no país. "Embora esta seja a fase inicial, é importante estar preparado quando o momento chegar" comentou Paulo Albuquerque, diretor da Navall Show Brasil, que busca tratar este tema com participação das empresas, investidores, universidades e governo. "A Navall Show é o local para geração de muitos negócios", completou.