Combustíveis, cascos, hidrofólios, motores, turbinas eólicas, tanques, comunicação segura, automação e inteligência artificial. Escolhas difíceis para quem vai fabricar, vender ou operar uma embarcação.
Atualmente, são mais de 2 milhões de navios a realizarem 90% do comércio internacional, cerca de 1 milhão de embarcações registradas na Marinha do Brasil e mais de 70 navios de bandeira brasileira operando na navegação de cabotagem na nossa costa.
Os avanços em pesquisas para embarcações são significativos e a utilização de novos combustíveis, a fim de se reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), bem como a utilização de mecanismos que aproveitam o urânio ou a força do sol e do vento para a propulsão das embarcações e de motores elétricos, fazem parte dos debates diários. Fator comum, entretanto, é a busca por implementar cada vez mais tecnologias limpas e processos de automação não dependentes dos seres humanos.
A embarcação do futuro utilizaria combustíveis mais sustentáveis, poucos indivíduos a bordo - ou quase nenhum, adotaria um sistema de previsão de tempestades, velas retráteis com painéis solares, manobras de inteligência artificial, hélices de contra-rotação e múltiplos propulsores retráteis. Outras tecnologias incluiriam a lubrificação a ar, revestimentos avançados para o casco e sua limpeza proativa para reduzir o arrasto e a toxicidade. Será esse o futuro, ou seja, muito mais seguro, mais sustentável e autônomo? Se for, teremos que nos adaptar rapidamente: Sejam embarcações de guerra, de apoio offshore, de cabotagem, de esporte e recreio, yachts ou mesmo um super navio de turismo.
Não menos importantes, os motores elétricos devem mesmo ficar por conta de pequenas embarcações e navios de apoio, como rebocadores por exemplo. Eles podem ser alimentados por baterias que serão carregadas por energia solar e eólica através de acordos com empresas que operam perto dos portos ou marinas onde os barcos serão atracados. Ali eles poderão ser recarregados adequadamente, quando necessário.
Tudo isso demanda investimentos em infraestrutura portuária, hidroviária e de apoio. Muitos tem apostado em uma solução ou outra, sem que saibamos hoje, com certeza, se é a correta.
Algumas empresas de tecnologia e inovação voltadas para o mar, apresentarão suas soluções e participarão dos debates no fórum da Navall Show Brasil.
Pode ser que alguns ainda não tenham se dado conta, mas acreditem que já estamos numa nova era da mobilidade marítima.